A publicação da Gramática de Port-Royal foi de suma importância para o surgimento das Gramáticas Gerais. Sabe-se que tal gramática contribuiu de forma crucial para a sistematização (mecanização) da Linguagem.
Naquele tempo, por volta do século XVII, a linguagem era vista simples e puramente como reflexo do pensamento. Os estudiosos consideravam que através de uma especulação filosófica literária a linguagem se tornaria uma objetivação do pensamento. Eles acreditavam que a Lingüística era da mesma ordem da Matemática, da lógica, do real, do concreto.
Enunciados do tipo “Hoje veremos notícias do Brasil e do mundo”, era considerado ilógico. Porque, segundo eles, o ser humano deveria se expressar por meio de frases da ordem do real, e tudo que fugia disso NÃO era considerado Linguagem.
Enunciados do tipo “Hoje veremos notícias do Brasil e do mundo”, era considerado ilógico. Porque, segundo eles, o ser humano deveria se expressar por meio de frases da ordem do real, e tudo que fugia disso NÃO era considerado Linguagem.
Segundo a Gramática de Port-Royal a partir do uso da Linguagem aconteciam mudanças, metamorfoses “errôneas”. Eles defendiam a unicidade da Linguagem, de que ela não deveria se transformar, deveria sempre expressar a realidade existente, concreta.
No entanto, esses estudos passaram a ser questionados por outra escola:
A Linguística Histórica
A Lingüística Histórica surgiu no século XIX, ela se caracteriza pela ramificação de duas grandes escolas:
Comparativismo
O Comparativismo se caracteriza por defender a existência de um tronco comum entre as línguas. Acredita que há uma língua-mãe geradora de todas as línguas. Seu estudo se iniciou com a comparação dos elementos da língua do sânscrito com os elementos do latim e do grego. Nesse sentido observou-se semelhanças entre esses elementos, e pode-se concluir a hipótese de um tronco comum.
Os Neogramáticos
A escola dos Neogramáticos se caracteriza por ser: explicativa e histórica-comparativa. Comparava-se elementos da língua que se transformavam na medida do tempo, suas modificações nos diferentes estados da língua.
Percebe-se assim que a Linguística Histórica, em geral, possui abordagens diacrônicas e não defende o caráter estático da língua mas sim o caráter transformacional da linguagem; das explicações pelas quais passam as línguas.