sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Saussurianismo

Ferdinand de Saussure, o “pai da Linguística” depois de 1916.
Saussure inaugura uma outra forma de pensar estudos lingüísticos, ele se atém ao caráter sistêmico da língua. No Curso de Linguística Geral (Saussure) aborda recortes dicotômicos como Língua (langue) e Fala (parole), significante e significado, diacronia e sincronia, sintagma e paradigma.
Porém ele considera apenas a LANGUE (língua) como objeto de estudo da Linguística, e desconsidera a complexidade do caráter individual da PAROLE (fala). Ele afirma que a língua é um sistema de valores puros. O livro também disserta sobre os conceitos de “signo linguístico”, “arbitrariedade do signo linguístico”, “linearidade do signo linguístico” e “mutabilidade e imutabilidade do signo linguístico”.

Os Neogramáticos



Os Neogramáticos caminhavam na direção diametralmente oposta dos gramáticos comparados. As mudanças das línguas não correspondem aos processos de uso, mas através da modificação interna.
Estudam-se as transformações que se estende sobre um tempo determinado.
Observam-se que um primeiro tipo de causa é o de ordem articulatória: quando se opera uma modificação no âmbito de um estado, nenhuma palavra pode “escapar” dessa modificação. Um segundo tipo de causa é de ordem analógica: os locutores tendem a agrupar as palavras e as frases em classes, cujo elementos se assemelham pelo som e pelo sentido, e os locutores criam palavras novas capazes de enriquecer tais classes.
(ÁTOMO)

Eles concluíram, assim, que não há outra explicação para as mudanças das línguas se não a histórica!
Alguns exemplos:

honos -> honosis -> honoses
honor -> honoris -> honorem

A Gramática Comparada


"A Tese do declínio das Línguas"
Os gramáticos comparativistas defendiam a hipótese da "Tese do declínio das Línguas", tal tese se caracteriza pelo "evolucionismo" linguístico. As línguas evoluem. Assim como os homens as línguas também nascem, crescem e morrem.
A língua não é um meio, mas um instrumento. Defendem que a língua era o próprio ser humano, no seu sentido "literal". Nesse sentido o ser humano só existia a partir da língua. A língua era o que possibilitava o ser humano a existir. 
Nessa tese observou-se três momentos das línguas europeias:

1º ISOLANTES: as línguas eram inalisáveis, ou seja, não se deixavam analisar. Porque não se percebia nas línguas os elementos lexicais dos gramaticais;

2º AGLUTINANTES: comportavam palavras lexicais e gramaticais, mas sem regras precisas para a formação das palavras;

3º FLEXIONAIS: as línguas flexionais possuem regras precisas que comandam a organização interna das palavras.

O homem, por sua vez, acabou por transformar a linguagem como um instrumento da vida social. Assim, colocada a serviço da comunicação, a língua não cessou de ramificar sua ordem interna.